É de ladinho !!

 


Bom dia, meus caros amigos da Liga Arena!

Élcio Junior voltando aos artigos só no sapatinho e trazendo mais material de qualidade, linguajar rebuscado, referências obscuras e dicas sem sentido para nossa alegria! PARA NOSSA ALEGRIA!

Essa semana eu optei por falar de um negócio que certamente gera muitas dúvidas para adolescentes inexperientes, que nem sempre são sanadas por simples vergonha de perguntar: masturbação coletiva SIDEBOARD!

Primeiro, vamos à definição: sideboard é um conjunto de 15 ou menos cartas que podem ser acrescidas ao seu deck após o primeiro jogo de cada partida competitiva. As regras com maior nível de detalhe (em inglês) podem ser conferidas aqui. Mas hoje eu não venho para falar de regras, pois estas são de fácil consulta e entendimento. O ponto aqui é te ajudar a entender como escolher as ditas 15 cartas que devem tornar alguns matches menos sofríveis para o seu deck. Para guiar nossa reflexão, elencaremos alguns pontos.

1.    Convergência

É de comum acordo que usar cartas no side que não andam na mesma direção que o deck principal é uma péssima ideia. Quando partimos para esta decisão, quase sempre compromete-se MUITO a performance do deck principal, sem nenhum ganho sensível para o sideboard (quando este vier na sua mão, claro). Explico: se um jogador de Naya Burn utilizasse cartas como Disenchant ou Ancient Grudge em seu sideboard, muito embora estas cartas sejam ótimas em destruir encantamentos e artefatos estúpidos como Leyline of Sanctity e Dragon’s Claw, em pouquíssimos cenários elas seriam melhores do que Destructive Revelry, pois esta causa dano ao oponente e converge para o plano do burn. O mesmo raciocínio justificaria a utilização de Seal of Primordium em decks que abusam da mecânica Delirium ou mesmo usam 4 Tarmogoyfs no mainboard, pois adicionaria um card de Encantamento ao seu cemitério.

O ponto aqui não é simplesmente sobre a cor da mágica (embora seja um fator crucial também), mas sim sobre fazer os efeitos de hate e sobre ajudar o plano de jogo principal do deck.

2.    Ambiente

O mundo é um lugar maravilhoso, cheio de pessoas únicas repletas de particularidades, o que torna a experiência de conhecer, paquerar, conquistar e finalmente transar com todas elas um desafio instigante e muito duradouro.
Desculpa.
Porém, da mesma forma que estas pessoas são repletas de particularidades, lojas e campeonatos diferentes também são. E este fator tem que ser ponderado enquanto você escolhe suas cartas, posto que você só tem 15 malditos espaços e cada um deles deve ser pensado com muita cautela para ser otimizado. Você não vai usar Stony Silence em um ambiente sem affinity ou lantern control, da mesma forma que Kor Firewalker não parece pontualmente bom em um ambiente sem burn, ou Rest In Peace não vai provavelmente gerar valor nenhum em um ambiente sem Dredge, Living End e afins. Algumas cartas são mais vastas, como Pithing Needle e Spellskite, mas a pergunta “Quais decks eu espero enfrentar?” sempre deve ser seu norte para eleger seu sideboard.

3.    Reatividade

Lembra do exemplo do Burn no item 1? A técnica de trazer Destructive Revelry sabendo que seus oponentes muito provavelmente trarão artefatos e encantamentos que previnam a perda de vida é chamada de sideboard reativo. Consiste em trazer cartas que não são diretamente focadas em atrapalhar o plano do oponente, mas sim em impedir que ele atrapalhe o seu. Se você sabe que existem cartas popularmente utilizadas contra o seu deck, pode ser sensato ter respostas para elas no seu side. Elas certamente irão aparecer, e quando aparecerem, você estará preparado.

4.    Estratégia

Do grego, στρατηγική.
Existe um macete muito potente no sideboard, que pode levar muitos jogos se executado com proficiência. Mudança de estratégia após sideboard, removendo cartas que pareçam muito óbvias, e acrescentando cartas muito difíceis de serem resolvidas. Um exemplo muito clássico dessa manobra audaciosa  era visto no falecido Grixis Twin:
 No game 2 o jogador poderia simplesmente remover todas as partes do combo, sabendo que o oponente traria cartas de hate para o combo de Deceiver Exarch e Splinter Twin, e adicionar mais counterspells, remoções e ainda uma cópia de Keranos, God of Storms. Desta forma, você migrava de um deck combo de um truque só, para um deck grixis tempo que ganhava pequenas vantagens lidando com as ameaças do oponente turno a turno, e deixando o Keranos finalizar a partida.

Estes são alguns pontos principais que geralmente norteiam a construção de sideboards eficazes e bem pensados. Sem slots inúteis e cartas que atrapalham sua estratégia suas mudanças após o primeiro jogo trarão acréscimos valiosos e, se tudo correr bem, muitas vitórias.

Ou não. Mas pelo menos a gente vai tentando. hahahaha

Ah, no passe, um Raio na birds e um Raio em você, porque eu esqueci no último artigo.
Um abraço!



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