Memnarch

    Fala galera do Blog, meu nome é Gabriel. Alguns aqui já devem me conhecer por algumas citações no blog e pelos campeonatos que participo na Liga Arena. De tudo no universo Magic The Gathering acho que o que mais me fascina são as historias que há por trás de cada carta, cada edição, cada bloco. E agora graças ao Ricardo eu estou tendo a oportunidade de estar postando aqui no blog, onde estarei postando varias historias desde incrível mundo que é o Magic The Gathering.

    Agora como minha primeira história estarei falando sobre o Mamnarch que é minha carta favorita, não apenas pelo que ela faz, mas sim pela historia que segue este incrível ser. Bom, vamos começar:


O Mirari
    Se há um artefato que deveria ser abominado este artefato é o Mirai. Guerras foram feitas por causa dele e cada um de seus antigos donos teve um terrível destino. Ele foi o responsável por milhares de mortes quando estava inanimado e por mais milhões delas quando lhe fora concedido uma vida autônoma. Karn o planinauta que possui a essência da centelha de Urza, criou várias sondas com o objetivo de observar os planos. O problema é que a sonda enviada para Dominária possuía um defeito e houve uma espécie de "vazamento" de energia de mana existente em seu interior, o que a fez se conectar magicamente com várias criaturas e objetos a sua volta. Esta sonda defeituosa transformou-se no lendário artefato conhecido como Mirari. Não se sabe, entretanto, se os defeitos do Mirai ocorrem antes ou depois do artefato entrar em contato com o óleo negro de Yawgmoth. O que o Mirari fazia era se conectar com a mente de uma pessoa e através de grandes quantidades de mana, causa uma mutuação em seu alvo para algo mais "evoluído" ou poderoso, transgredindo todas as leis naturais e causando diversas consequências problemáticas.


Memnarca


    Após algum tempo, seu criador aparece em Dominária e o leva para seu próprio plano artificial metálico Argentum, onde o transformou o Mirari no constructo consciente chamado MemnarcaKarn pensou que, dando vida ao artefato, ele criaria uma criatura que pudesse sentir remorso dos seus atos, um herdeiro capaz de de aprender e evoluir. Ele estava errado. Ao invés de criar um herdeiro o golem de prata criou uma abominação. Nascera uma entidade que não tinha senso de certo ou errado, um monstro capaz de dominar o medo das pessoas nos incontáveis séculos seguintes.
    "Agora sou o guardião. Vamos ver o que esse mundo tem a oferecer."
Memnarca foi nomeado guardião de Argentum logo depois da que Karn abandonou o plano com Jeska, seu novo guardião. Por décadas Memnarca vagou solitário pelo plano, admirando a beleza artificial que seu criador criou. Todavia, os tempos de inocência de Memnarca logo chegariam ao final.
    Memnarca acabou sendo contaminado pelo óleo phyrexiano, subitamente ele começou a experimentar uma série de pensamentos, que provavam o quanto estava errado em não agir logo. Então ele descobriu que Karn havia cometido um erro em nomear aquele mundo de Argentum. Memnarca traria nova vida aquele local. As pessoas seriam suas. Ele dominaria aquele mundo como um Deus.


                                               "Argentum é um terrível nome para esse lugar."

                                     "Iriei eu mesmo nomear este mundo, irá se chamar Mirrodin."


Mirrodin
    O guardião começou a trabalhar na transformação de Argentum em Mirrodin. Ele adicionou características únicas ao seu mundo. E quando seu plano já esta apto a ser habitado, problemas surgiram. Enquanto ele estava ocupado criando lugares, uma praga chamada Mycossintetizador chegou ao seu mundo, transformando metal em carne e carne em metal. Memnarca tentou lidar com a situação, porem não obteve sucesso.

    Para soprar vida no seu plano morto, Memnarca construiu armadilhas de alma, engenhosos mecanismos que aprisionam almas e corpos de de criaturas vivas. O guardião enviou essas armadilhas através dos planos, trazendo uma variedade de criaturas ao seu mundo. Foi através desse sistema que os humanos Auriok, Neurok, Moriok, Vulshok, Sylvok chegaram a Mirrodin, assim como estranhas criaturas: Vedalkeanos, Loxodontes, Elfos, Leoninos, Trolls, Ogres, Lobos Goblins. À medida que estas criaturas chegavam ao plano, o Mycossintetizador mudava suas formas para melhor se adaptarem aos novos ambientes. Primeiramente Memnarca prestou muita atenção ao seus estilos de vida. Sua raça favorita eram os Vedalkeanos.

    Se as histórias nos ensinaram algo, este algo é que esta perfeição não iria durar. As tragédias do reino de Serra Pyrexia são exemplos do que pode ocorrer com MirrodinMemnarca logo percebeu que seu plano entraria em colapso, igual a todos os planos artificias. Um planejamento era necessário.

    Depois de séculos de classificação, Memnarca foi enlouquecendo devido à ausência de Karn. Ele desenvolveu um estranho liquido que chamou de soro. Ele divulgou os segredos dessa criação com os  Vedalkeanos, que o consideraram um Deus. Mas Memnarca não se importou com isso, ele desejava evoluir para planinauta (aquele que não morre pela idade e pode viajar por entre os planos) como seu criador, Karn. Com o poder do soro em suas mãos, Memnarca foi transformado de curioso compulsivo, para um lunático alucinado. Ele criou milhares de criaturas artefato, as quais colocou na superfície do mundo para agirem como seus espiões.

    Séculos passaram e as raças em Mirrodin começaram a evoluir. Nos Vedalkeanos cresceram dois braços extras e o soro os transformou em monstros calejados e cruéis sobrepujadores. À semelhança de Memnarca. Durante os anos Memnarca modificou a si mesmo, através de duas pernas extras e mais seis olhos. Contudo o  Mycossintetizador pertubou seu corpo com a frágil carne, mas isso não afetou a perspicácia de sua mente. Memnarca então começou a consumir uma quantidade enorme de soro e passou a ficar viciado nele.

Mirrodin após as erupções dos núcleos de mana
    Silenciosamente, Mirrodin transformou-se. O núcleo de mana, que sempre foi a fonte de energia de Mirrodin, entrou em erupção 4 vezes. Em cada uma delas lançando uma lua em órbita. Foi assim que as luas vermelha, preta, azul e branca foram criadas. Memnarca não estava apto a explicar o estranho fenômeno e muito menos as pessoas. Conforme os anos passavam e novas gerações chegavam, lendas começaram a ser construidas sobre os satélites de Mirrodin. Mas apenas poucos sabiam a verdade.

    Sob a influencia do soro, Memnarca pensou que seu criador finalmente tivesse retornado. Após o uso excessivo do soro ele achou que pudesse experimentar visões de seu criador, que o guiavam através do planinautismo. Memnarca aprendeu a historia da ascensão de Karn. Há centenas de anos, uma raça de horrores mecânicos invadiu Dominaria, a terra natal de seu criador, trazendo com ela a praga Phyrexiana. A praga cresceu desenfreadamente e num ato final de desespero Karn e um outro planinauta chamado Urza sacrificaram-se. Eles construiram uma arma e se auto-sacrificaram para abastecê-la uma luz cegante atravessou Dominaria, limpando a praga. Urza sucumbiu, mas sua centelha planinauta sobreviveu. No ardor da explosão, Karn ascendeu. Memnarca não tinha conhecimento para construis tal arma, mas ele sabia que o núcleo de mana era o suficiente para sua ascensão. Ele acreditava que sacrificando a si mesmo e algum possuidor de uma centelha planinauta ele poderia elevar seu poder de tal forma que extinguiria com a praga  Mycossintetizadora. Para ajuda-lo nesta meta ele construiu Panóptica, uma onipotente fortaleza no interior de seu mundo onde a lua verde deveria surgir. Tudo que lhe faltava era uma centelha planinauta.

Memnarca dentro do Olho de Aço observando a superfície de Mirrodin



    Memnarca logo descobriu um dos metais mais fortes do multiverso - o aço negro, um metal escuro imune a dano e ao calor. Ele o usou para construir o Olho de Aço Negro, que o possibilitou ver toda a superfície de Mirrodin. Ele também construiu um homem de metal chamado Malil, que era baseado no seu desenho original como um tributo a Karn, para trabakhar como seu servo.




    Muitos ciclos lunares depois Memnarca observou uma criatura que poderia realizar seus desejos de ascensão. Esta criatura era uma elfa chamada Glissa. Memnarca observou seus movimentos através do Olho de Aço Negro, esperando em uma mistura de temor e expectativa enquanto a elfa dizimava seus niveladores. Ele observou enquanto Glissa cruzava seu plano, fazendo novos aliados e perigosos inimigos. Ele também observou a voracidade da elfa que procurava por respostas do paradeiro dos assassinos de seus pais. Glissa causou incontáveis danos à armada artefato e ao império Vedalkeano. Durante muitos conflitos Memnrca observou glissa matar duzias de seus seres, e mais tarde matar o líder do império Vedalkeano.

    Várias vezes Memnarca enviou Malil juntamente com milhares de niveladores para capturar a elfa, só pra ver suas forças serem massacradas e Malil voltando acabado. Memnarca ofereceu o soro a Malil o que lhe concedeu mais força, porem a cada jornada Malil voltava com um novo fracasso e consumia mais e mais soro.

    Após as incontáveis falhas, finalmente uma vitória. Pontivex o novo líder do regime Vedalkeano havia capturado Glissa. Mas havia um ultimo problema, Memnarca estava enfraquecido com sua parte carne lhe causando muita dor, então calculando um novo plano ele deixa Malil sobre o controle de Glissa e Mirrodin enquanto hibernaria por alguns anos, para quando a erupção da lua verde ocorresse ele estivesse totalmente revigorado e pronto para sua ascensão.

    O plano funcionava, durante 5 anos Memnarca hibernou enquanto o sedado Vedalkeano trabalhava na construção de sua teia de ascensão, um poderoso artefato que através da destruição de almas poderia transferir a centelha da elfa para ele.

    Finalmente o grande dia chegou, quando as cinco luas ergueram-se sobre Mirrodin em um evento conhecido com a Quinta Aurora, Memnarca saiu de seu casulo, revitalizado e livre da carne. Malil ajoelhou-se perante seu mestre, prostrado e inútil como qualquer constructo de MirrodinMemnarca o destruiu por ter falhado na obediência das ordens então agarrou o Miracore que pendia em seu pescoço.

    Com o Miracore em uma mão e Glissa aprisionada na outra, Memnarca pensou que era vitorioso. Com os últimos habitantes da superfície lutando uma batalha perdida contra suas hordas de artefatos, não haveria resistencia contra Memnarca O Planinauta. Ele fabricaria seu novo corpo como desejaria, um design perfeito para um planinauta perfeito. Logo Mirrodin seria algo do passado.

   

    "Eles pensaram que Memnarca era tolo. Pensaram que eu não podia ouvir. Eu terei a centelha, o poder de um novo e puro mundo para construir! Antes, eu era uma criança brincando avidamente com a espada de seu pai através da ignorância límpida. Karn, eu permiti a carne neste mundo fora do núcleo, achando que eu poderia mudá-la. Agora nós acabamos, você e eu somos iguais."

    Somemte duas coisas permaneciam no caminho de sua completa vitória - a fétida e podre cabeça de Geth e milhares de operários constructos produtos da mente Slobad. Juntos, para desgosto de Memnarca eles atrasaram o tempo para Glissa se libertar-se. Isso não deveria acontecer. Memnarca assistia impotente enquanto seu plano arruinava-se perante ele. Memnarca Glissa lutaram uma batalha final no topo dos discos que pendiam alguns metros sobre o cauterizante núcleo de mana. Desta forma, Glissa prevaleceu e Memnarca despencou na fornalha de mana de Mirrodin, somente para voltar a sua forma original - o Mirari.


"Ele foi muitas coisas. Um explorador, um acadêmico, um visionário, e em algum momento, um amigo."

"Ele não foi um planinauta, não como gostaria de ser, a despeito de sua ambição. Mas sua fé era maior que qualquer coisa que eu pudesse imaginar. No meu desejo de criar alguem como eu, concedi a ele poder demais. Um grande... erro. Um de muitos."
                                                                                                          -Karn, planinauta.


Fonte: mtgvortex e mtghistory.blogspot.com.br

Adaptação, resumo e partes adicionais: Gabriel Sampaio






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